29/05/2015
Problema foi exposto esta semana em audiência com a vice-governadora, que é da região
As precárias condições em que se encontra o Hospital Universitário da UEM, com limitações aos trabalhos dos profissionais e sérios prejuízos no atendimento à população do polo de Maringá, foram motivo de audiência solicitada pelo Conselho Regional de Medicina do Paraná com a vice-governadora Cida Borghetti, que é originária daquela região.
A reunião ocorreu na tarde da última quarta-feira, 27, no gabinete da vice-governadora no Palácio Iguaçu. Exposta a gravidade do problema, ela manifestou a disposição de buscar medidas, no âmbito do executivo estadual, para enfrentá-lo. Uma das medidas passa pelo comprometimento dos 19 municípios da área metropolitana de Maringá em cumprir suas atribuições na atenção primária à saúde, o que aliviaria substancialmente a demanda no Hospital Universitário Regional de Maringá, inclusive otimizando custos e permitindo à unidade assistencial cumprir seus reais propósitos.
A audiência com a vice-governadora teve as participações do presidente do CRM-PR, Maurício Marcondes Ribas, do vice Luiz Ernesto Pujol e ainda do gestor do Defep (Departamento de Fiscalização do Exercício Profissional), Carlos Roberto Goytacaz Rocha. “Em fiscalizações recentes do Conselho ao hospital da UEM, foram constatadas inúmeras dificuldades, daí a proposta de nos reunirmos com a vice-governadora como forma de alertar o governo dos problemas enfrentados não só pelos profissionais que lá atuam, mas também pela população que depende do atendimento. Assim, solicitamos o seu empenho na busca de melhorias de condições”, explicou o presidente Maurício Ribas.
O gestor do Defep ressalta que neste ano, em janeiro e neste mês de maio, foram realizadas duas vistorias no Hospital Universitário, atestando as suas condições precárias sob vários aspectos, que incluem limitações funcionais, de estrutura física e de equipamentos e também de superlotação. “Tudo isso incorre na precarização da assistência”, reforça Carlos Roberto Goytacaz Rocha, destacando que as consequências vêm no aumento dos riscos na atenção à saúde dos pacientes e de exposição dos médicos e demais profissionais a falhas éticas. Incidentes têm sido registrados com frequência e os problemas se agravaram com a greve no funcionalismo que se refletiu no hospital.