No Dia Nacional de Paralisação do atendimento aos usuários de planos de saúde (7 de abril), médicos de todo País se uniram
para protestar por honorários dignos, pelo fim da interferência na autonomia médica e pela valorização do exercício da Medicina.
De acordo com a Comissão Estadual de Honorários Médicos (CEHM), formada por membros do Conselho Regional de Medicina do Paraná,
da Associação Médica do Paraná e do Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná, a paralisação foi crucial para o movimento
médico ganhar força, mas as ações não param por aí. "Diante do silêncio das operadoras, a paralisação deu início a um processo
de ações mais enfáticas para forçá-las a negociarem conosco", afirma o presidente do CRM-PR, Carlos Roberto Goytacaz Rocha.
Os próximos passos do movimento médico nacional estão descritos pela Comissão de Saúde Suplementar (COMSU) divulgou, na 9.ª
edição de seu
href="https://www.crmpr.org.br/imprensa/arquivos/boletim_comsu_09042011.pdf" target="_blank">Boletim Informativo.
Na publicação, a COMSU informa que as entidades médicas nacionais e estaduais estão atentas aos desdobramentos e mobilizadas
para dar seguimento ao cronograma proposto.
Em junho termina o prazo para as negociações com as empresas operadoras e seguradoras de saúde. Na oportunidade, serão
convocadas assembleias médicas regionais para definir as próximas ações baseadas nos resultados obtidos em cada Estado. Os
meses de abril e maio serão para enfatizar o processo de negociação com as operadoras e mobilizar os médicos de cada região
do País a avaliarem as propostas. Caso não ocorra uma evolução satisfatória, poderão ser deflagradas novas iniciativas regionais
aprovadas em assembleias, além daquelas já definidas pelo movimento nacional.
No Paraná, por exemplo, os próximos passos do movimento médico no Estado estão sendo delineados pela Comissão Estadual
de Honorários Médicos (CEHM). Na última reunião, as entidades apresentaram a um mediador, formado em economia, as propostas
de reajustes de honorários, cujos valores devem ser baseados na sexta edição da Classificação Brasileira Hierarquizada de
Procedimentos Médicos (CBHPM), e a inclusão de cláusulas de periodicidade e critérios de reajustes anuais de honorários médicos
nos contratos entre operadoras e médicos, conforme preconiza a
href="http://cnes.datasus.gov.br/Portarias/RESOLUÇÃO NORMATIVA ANS n 71-2004 de 17 de março de 2003.doc" target="_blank">Resolução
Normativa Nº 71/2004 da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O economista irá iniciar as tratativas para negociar
com as operadoras.
Após a ampla divulgação do
href="https://www.crmpr.org.br/imprensa/imagens/manifesto-site.jpg" target="_blank">manifesto em defesa da classe médica
paranaense, documento referendado pelos médicos que participaram da programação realizada na Capital paranaense durante
o Dia de Paralisação, uma das propostas é determinar um prazo para que as operadoras concedam reajustes periódicos nos valores
de todos os procedimentos pagos pelos planos de saúde e, caso o mesmo não seja cumprido, realizar paralisação seletiva dos
convênios que não se adequarem. Também está sendo estudada a viabilidade de realizar o I Encontro Estadual de Dignidade da
Classe Médica.