06/01/2010
CFM promove discussão sobre cooperativismo médico
As situações sócio-econômicas das cooperativas de trabalho médico e a terceirização serão temas debatidos durante
o III Fórum Nacional de Cooperativismo. Os assuntos são prioridades apontadas pela Comissão de Cooperativismo Médico. Em reunião
nesta quinta-feira (7), a Comissão de trabalhou na programação do evento, previsto para acontecer em maio.
O grupo - que é formado por membros das três entidades nacionais: Conselho Federal de Medicina (CFM), Associação
Médica Brasileira (AMB) e Federação Nacional dos Médicos (FENAM) - ainda avaliou o trabalho das cooperativas nacionais. Para
os membros, as cooperativas ainda precisam avançar em muitos pontos. Um deles seria criar um fundo de pensão para garantir
a aposentadoria do empregado. "Fazer uma reserva legal a fim de garantir o futuro do profissional", defende o conselheiro
Hermann Tiesenhausen.
O coordenador da Comissão, José Hiran Gallo, salienta que a proposta do grupo não é enfraquecer as cooperativas médicas:
"O cooperativismo é, sem dúvida, de extrema relevância e importância para a comunidade médica, porque os lucros são divididos
entre os cooperados, ao contrário dos planos de saúde, em que meia dúzia de empresários se beneficiam. Incentivamos o sistema,
mas com mudanças".
A Instrução Normativa n20 da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) - que define a forma de as operadoras
de planos de saúde contabilizarem as obrigações legais como definidas pela NPC 22 do IBRACON - também foi analisada.
PL 131/08 - O pedido feito pela Comissão para que a categoria ficasse fora do Projeto de Lei 131/08
- que dispõe sobre a organização e o funcionamento das cooperativas de trabalho - foi atendido. A decisão foi tomada pela
Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, que aprovou parecer do senador Renato Casagrande (PSB/ES), relator do projeto.
Casagrande aceitou emenda solicitando a exclusão das cooperativas de médicos cujos honorários sejam pagos por procedimentos.
Segundo José Hiran Gallo, a Comissão concluiu, após análise, que não era favorável ao projeto por entender que a
proposição é contrária aos interesses dos médicos, prejudicaria a categoria e que uma solução seria tirá-los da proposta.
O grupo pretende estudar uma proposta de lei para fortificar as cooperativas médicas de especialidades. "Com as cooperativas
médicas você se une e faz um valor justo para a remuneração do profissional. Um preço que o médico merece ganhar", defende
Gallo. Segundo ele, os médicos estão sendo descaracterizados pelas operadoras de plano de saúde.
Fonte: CFM