O Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Educação Médica (Abem) entregaram na manhã da quarta-feira
(22) a dez escolas médicas o selo de acreditação validado pelo Sistema de Acreditação de Escolas Médicas (Saeme). Para obterem
o selo, essas escolas passaram por uma avaliação, que analisou critérios como perfil dos docentes, qualidade da gestão e da
infraestrutura disponível, entre outros pontos. “Após todas as etapas cumpridas, essas instituições comprovaram sua suficiência
aos avaliadores idôneos e independentes do Saeme, obtendo assim o reconhecimento formal da qualidade dos seus serviços”, destacou
o presidente do CFM, Carlos Vital.
Criado em 2015, por meio de uma parceria entre o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Educação
Médica (Abem), o Saeme avalia escolas médicas com o objetivo de fornecer um selo de acreditação. São certificadas as escolas
que cumpram todos os requisitos. Até o momento, receberam o selo 29 escolas médicas. “Essa iniciativa, de alta relevância
para o ensino médico brasileiro, certamente contribuirá para que estudantes e professores possam interagir em ambientes cada
vez mais adequados ao objetivo de oferecer ao país futuros médicos melhor preparados para os desafios da assistência”, enfatizou
o presidente do CFM.
Na solenidade de abertura, o coordenador executivo do Saeme, Milton de Arruda Martins, ressaltou a necessidade de mais
escolas participaram do processo. “O nosso objetivo não é punir, mas apontar os caminhos que possam melhorar a educação médica.
Todas as escolas que receberam o selo cumpriram esses requisitos e são instituições de excelência”, afirmou. Já a representante
da Abem, Lúcia Ioshida, reforçou o fato de o Saeme ser independente, sem vínculos governamentais, tendo como único objetivo
a melhoria do ensino médico. “Temos de entender que avaliação não é um castigo”, ressaltou.
Os representantes das dez escolas médicas acreditadas ressaltaram o papel positivo da acreditação, que melhorou a qualidade
do ensino oferecido. “A partir do primeiro momento, quando fizemos a autoavaliação, passamos a ver quais pontos poderiam ser
melhorados. Foi uma reflexão muito importante”, contou a diretora do Faculdade de medicina da Universidade Federal de São
Paulo, Emília Sato. A qualidade do relatório final encaminhado para a universidade pela equipe do Saeme foi elogiada pelo
diretor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Márcio Leôncio Vargas. “A análise é de uma
profundidade impressionante. Todo o processo foi um divisor de águas para a melhoria do ensino na nossa escola”, afirmou.
As escolas que recebem o selo de acreditação nesta quarta-feira (22) foram: Centro de Ensino Superior de Valença, Centro
Universitário do Maranhão, Faculdade de Medicina de Petrópolis, Faculdade de Medicina do ABC, Pontifícia Universidade Católica
do Paraná, Universidade de Passo Fundo, Universidade Estadual do Amazonas, Universidade Estadual Paulista Júlio Mesquita,
Universidade Federal de São Paulo e Universidade Federal do Triângulo Mineiro.
Processo
O processo de avaliação do Saeme compreende uma etapa de preenchimento online de um questionário que abrange cinco domínios
(gestão educacional, programa educacional, corpo docente, corpo discente e infraestrutura, estruturados em 80 subdomínios),
seguida de análise destes dados e visita ao curso de medicina por uma equipe composta por quatro avaliadores.
O resultado dessa avaliação é encaminhado para uma Comissão de Acreditação que elabora e encaminha para a escola médica
um relatório pormenorizado. A escola pode recorrer da decisão ao Conselho Superior do Saeme, que terá suas observações consideradas.
O CFM tem viabilizado este processo, sendo gratuita a inscrição das escolas neste momento.