30/10/2012
CFM debate no Senado situação dos planos de saúde
Após o protesto nacional dos médicos, que revelou uma série de problemas na saúde suplementar, o Congresso Nacional reabriu
o debate sobre a situação dos planos de saúde no país. Durante audiência pública realizada nesta terça-feira (30), diversos
seguinmentos do setor discutiram formas de assegurar os direitos dos usuários dos planos, que apesar de pagarem pelo serviço
nem sempre conseguem a cobertura devida.
O encontro foi promovido pela Comissão de Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) em conjunto com a Comissão
de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado. O 2ºvice-presidente do CFM, Aloísio Tibiriçá, que participou
da audiência, apresentou dados sobre o setor e alertou para um possível estrangulamento da rede assistencial oferecida pelas
operadoras.
Durante o audiência, Tibiriçá também entregou ao presidente da CMA, senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), um dossiê com
reportagens, pesquisas e estudos que confirmam a insatisfação entre os médicos que atendem os convênios e a população que
faz uso destes planos. "O que queremos é caminhar para um novo patamar de relacionamento com as operadoras e com a Agência
Nacional de Saúde Suplementar (ANS), porque com o nosso paciente, o relacionamento nunca mudou", concluiu.
Também foram ouvidos representantes da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Secretaria Nacional do Consumidor,
Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde, Conselho Federal de
Fisioterapia e Terapia Ocupacional e da Associação Brasileira de Medicina de Grupo.
Suspensão de planos
A qualidade dos serviços prestados pelos planos de saúde também foi debatido nesta terça-feira, na Comissão de Assuntos
Sociais (CAS), que recebeu o diretor-presidente da ANS, Mauricio Ceschin. No início de outubro, a Agência suspendeu por três
meses a venda de 301 planos, de 38 operadoras que administram os serviços. A medida foi tomada novamente por descumprimento
de prazos estabelecidos para atendimento médico, realização de exames e internações.
"Se a operadora não está conseguindo atender aos beneficiários que ela já tem, ela não pode incorporar novos beneficiários
para causar o mesmo problema. Então o efeito de suspensão da comercialização daquele plano tem o fito de que ela tenha o que
chamamos de uma parada estratégica para poder organizar sua rede de atendimento, credenciar mais médicos e serviços e adequar
sua rede ao numero de beneficiários que ela já possui", argumentou o presidente da ANS.
Fonte: CFM