07/10/2009
Brasil vai gastar R$ 1 bi com vacina contra a gripe suína
Proposta é iniciar a vacinação em 2010 antes da chegada do inverno, na mesma época da imunização para a gripe comum;
Ainda em produção, vacina brasileira deve ser injetável; nos EUA, onde a campanha começou nesta semana, a aplicação é
por spray nasal;
O Brasil vai gastar R$ 1,06 bilhão na aquisição de vacinas contra o vírus H1N1, causador da gripe suína. De acordo com
o Ministério da Saúde, as doses devem ser distribuídas no início de 2010.
Segundo o Instituto Butantan, que trabalha na produção da vacina, o modelo de aplicação ainda está em estudo, mas o mais
provável é que a dose seja injetável.
Nos EUA, onde a campanha de vacinação foi iniciada nesta semana, as doses estão sendo aplicadas na forma de spray nasal.
Por conter vírus atenuados -na vacina tradicional, os vírus são inativos-, seu uso não é recomendado para gestantes e outros
grupos de risco.
A vacina injetável também será usada no país -estratégia que possibilita imunizar pessoas com contraindicação para outro
tipo de vacina.Cerca de 7 milhões de doses da Flu Mist, como a vacina é denominada, estarão disponíveis até o fim da semana,
segundo o governo norte-americano.
Estudos
O Butantan anunciou em agosto a produção de 30 milhões de doses da vacina brasileira para o primeiro semestre de 2010.
De acordo com o instituto brasileiro, os testes devem ocorrer até o final deste ano.
Também serão importadas cerca de 18 milhões de doses prontas e semiprontas do laboratório francês Sanofi Pasteur.
O crédito suplementar anunciado ontem pelo governo federal para o combate à doença será totalizado em R$ 2,1 bilhões -metade
será para as vacinas.
De acordo com o órgão, estudos ainda estão sendo concluídos para indicar os grupos prioritários para receber a imunização.
No entanto, a vacinação deve começar pelos profissionais de saúde, a exemplo dos Estados Unidos.
A proposta do ministério é que a campanha aconteça antes da chegada do inverno, na mesma época da imunização para a gripe
comum (sazonal).
Fonte: Folha de São Paulo