17/10/2011
Brasil sediará Conferência Mundial sobre Determinantes Sociais da Saúde
O Brasil vai sediar, de 19 a 21 de outubro, a Conferência Mundial sobre Determinantes Sociais da Saúde, que reunirá chefes
de Estado de mais de 80 países no Rio de Janeiro, para debater implicações das desigualdades sociais na saúde. Promovido pela
Organização Mundial da Saúde (OMS), o encontro reúne autoridades políticas, pesquisadores e representantes de movimentos sociais
para traçar estratégias e definir metas visando à redução das iniquidades em saúde em escala local e global.
Ao final da conferência, a Declaração do Rio oficializará o compromisso político dos países signatários na redução das
desigualdades no acesso a serviços de saúde e na promoção de melhores condições de vida, para toda a população e, em especial,
para grupos em situação de vulnerabilidade. Na prática, os países se comprometerão a intervir sobre as desigualdades sociais
que limitam o acesso de populações a condições essenciais à vida, como habitação, alimentação e água.
Presidente de honra da Conferência, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, observa que a saúde é fundamental para a construção
de um Brasil sem pobreza. "A saúde, no governo Dilma [Rousseff], está no centro das políticas de inclusão social e para o
crescimento econômico do Brasil, que é o único país do mundo com mais de 100 milhões de habitantes que optou pela construção
de um sistema nacional universal público de saúde", lembra.
A diretora geral da OMS, Margaret Chan, destaca a importância de promover uma estratégia global para a ação sobre os determinantes
sociais da saúde e o enfrentamento das iniquidades a eles associadas. "As doenças crônicas não transmissíveis, que hoje constituem
um desafio global à saúde, estão diretamente relacionadas aos determinantes sociais da saúde; à forma como as pessoas vivem,
a seus hábitos e comportamentos. Este é um desafio que não diz respeito somente a ministros da Saúde, é uma responsabilidade
que recai sobre todos os governos, em seus níveis mais altos, e sobre toda a sociedade", disse.
Para articular uma resposta global a este desafio, a Conferência Mundial sobre os Determinantes Sociais da Saúde coloca
em pauta o debate sobre o papel do setor na redução das iniquidades em saúde, a importância da participação social e do envolvimento
de lideranças comunitárias neste processo e a articulação de governos, em âmbito local e internacional.
Na abertura do evento, no dia 19, Alexandre Padilha abordará os avanços e a perspectivas no enfrentamento às desigualdades
em saúde no País. Também na abertura, a diretora geral da OMS, Margaret Chan, apresentará as principais recomendações para
a promoção da saúde e o enfrentamento das desigualdades sociais em nível global. Também participam da Conferência a ministra
de Desenvolvimento Social do Brasil, Tereza Campello, e o coordenador do Centro de Relações Internacionais da Fundação Oswaldo
Cruz (Fiocruz), Paulo Buss, entre outras referências internacionais do setor.
Fonte: Ministério da Saúde