Na comemoração do Dia das Mães 2008, um alerta do Ministério da Saúde: o Brasil é um dos recordistas mundiais na realização de cesarianas. O índice do país é de 43% enquanto o recomendado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) é de apenas 15%.

Neste domingo (11) começa a ser veiculada uma campanha sobre o assunto com materiais impressos e vídeo para a televisão. O principal objetivo é esclarecer às futuras mães que tudo tem seu tempo certo, inclusive o bebê para nascer.

Um levantamento do Ministério mostra que a menor parte, cerca de 26%, dos partos realizados no SUS (Sistema Único de Saúde) são cesarianas. Esse número chega a 80% na rede privada. De acordo com o ministro José Gomes Temporão, o país vive uma epidemia de cesarianas" e a meta do país é alcançar o índice recomendado pela OMS.

Os partos tipo cesarianas têm recomendação científica em casos específicos e pode até evitar complicações para a mãe e o bebê. No entanto, o que se observa no Brasil é que a cirurgia tem sido marcada desnecessariamente, muitas vezes por comodidade do médico e da própria mãe.

O alto índice de cesarianas leva uma série de prejuízos tanto para a mãe, como para o bebê e ainda para a gestão dos serviços de saúde. De acordo com alguns estudos, bebês que nascem antes das 40 semanas de gestação podem apresentar mais problemas respiratórios. A separação abrupta da mãe da criança logo após o nascimento também é prejudicial. Para as mães, o parto cirúrgico pode apresentar mais chances de hemorragia, infecção e uma recuperação muito mais difícil e menos saudável.


Fonte: Folha de Londrina