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O informativo é divulgado mensalmente pela ANS
e reúne indicadores assistenciais e econômico-financeiros, coletados até agosto de 2021, junto a um conjunto
de operadoras que representa 74% dos beneficiários de planos de assistência médica. O Boletim Covid da
ANS também apresenta uma prévia do número de beneficiários em planos de assistência médica
em agosto, além de dados sobre exames relacionados à Covid-19 realizados e as demandas dos consumidores registradas
na ANS através de seus canais de atendimento.
Confira abaixo mais detalhes dos indicadores coletados.
Evolução de beneficiários
O número preliminar de beneficiários em
planos de assistência médica no mês de agosto apresentou um crescimento de 0,17% em relação
ao mês anterior e atingiu 48.446.444 usuários. Considerando o tipo de contratação do plano e a
faixa etária do beneficiário, observa-se que a variação se mantém positiva para os beneficiários
acima de 59 anos em todos os tipos de contratação no período de um ano.
Informações assistenciais
Em agosto, observa-se, novamente, uma redução
expressiva na proporção de leitos alocados exclusivamente para atendimento à Covid-19 dos hospitais da
amostra, chegando a 18%, após ter alcançado os índices mais altos observados desde o início desse
monitoramento nos meses de março e abril de 2021 (49%). A taxa mensal geral de ocupação de leitos –
que engloba leitos comuns e UTI – não sofreu alteração em relação a julho, se mantendo
em 70% em agosto, e abaixo dos 72% observados em agosto de 2019 (período pré-pandemia). A comparação
com o ano de 2020 não é adequada, uma vez que as medidas de enfrentamento da pandemia adotadas no ano passado
provocaram queda na procura por cirurgias eletivas a partir de março de 2020.
A ocupação de leitos de UTI para atendimento
à Covid-19 apresentou redução de 2 pontos percentuais em relação a julho (de 61% para 59%);
já para os leitos comuns, houve aumento de 6 pontos percentuais (de 51% para 57%). A taxa de ocupação,
tanto de leitos comuns como de UTI para demais procedimentos apresenta estabilidade desde fevereiro de 2021.
Desde o início da pandemia, houve uma redução
na procura dos beneficiários por atendimento em pronto socorro que não geram internações, com
queda mais acentuada em abril de 2020. Em agosto de 2021, o indicador apresentou aumento em relação ao mês
anterior, mas permanece abaixo do patamar observado antes do início da pandemia (fevereiro de 2020). Quanto à
procura por exames e terapias eletivas (Serviços de Apoio Diagnóstico Terapêutico - SADT), a emissão
de autorizações para procedimentos de SADT em agosto cresceu 11,1% em relação a agosto de 2019
(pré-pandemia), o que aponta para um retorno da procura por exames e terapias eletivas, que sofreram redução
expressiva ao longo do ano passado.
O custo da diária de internação com
UTI para Covid-19 ficou 21,8% acima do custo para internação cirúrgica e o tempo de internação
para Covid-19, com ou sem UTI, se manteve superior às internações clínica e cirúrgica.
Exames relacionados à Covid-19
Em relação a exames para detecção
da Covid-19, o Boletim indica que, após uma queda no mês de abril, o número de exames de RT-PCR voltou
a subir em maio, somando 670.401. Em junho, o número caiu para 434.501. Também diminuiu o número
de testes do tipo sorológico: foram 92.293 em maio e 50.247 em junho de 2021.
Cabe ressaltar que, em comparação com Boletins
anteriores, números de competências passadas podem sofrer alteração. Isto porque exames ocorridos
em determinado mês podem ser cobrados das operadoras nos meses subsequentes quando, somente então, serão
enviados à ANS, conforme estabelecido no Padrão TISS.
Informações econômico-financeiras
Em relação aos indicadores econômico-financeiros,
o boletim aponta uma queda no indicador de sinistralidade (mediana) entre julho e agosto deste ano (82% e 80%, respectivamente).
Na prévia do indicador do 3º trimestre, a sinistralidade de caixa mostra pequena elevação em relação
ao trimestre anterior de 2021, todavia patamar menor em relação ao mesmo trimestre de 2019 (pré-pandemia).
Ao se observar o agregado das operadoras do setor no DIOPS,
detecta-se queda do resultado líquido no 2º trimestre de 2021 em relação ao montante do 1º
trimestre de 2021, bem como patamar inferior ao verificado no 2º trimestre de 2019 (ano pré-pandemia). A análise
dos dados indica que o resultado líquido menos favorável no 2º trimestre de 2021 foi concentrado em grupo
de grandes operadoras médico-hospitalares. Até o momento, a mediana do resultado líquido do setor no
2º trimestre de 2021 indica manutenção de patamares superiores aos verificados em ano pré-pandemia.
A ANS permanecerá monitoramento a evolução desses dados no setor.
Sobre inadimplência de planos com preço preestabelecido,
em agosto de 2021, observa-se redução no valor de inadimplência de planos com preço preestabelecido
se comparado com o mês anterior. Esse valor, assim como os percentuais de inadimplência para planos individuais/familiares
e para coletivos, permanece próximo dos seus patamares históricos.
Demandas dos consumidores
Em agosto, houve queda no número de reclamações
relacionadas à Covid-19 registradas nos canais de atendimento da ANS. Foram 769 reclamações no mês
e 811 reclamações em julho deste ano. Ainda em comparação ao mês anterior, as reclamações
relacionadas à cobertura para os exames diagnósticos da Covid-19 reduziram 2,5%, enquanto as demandas sobre
outras assistências afetadas pela pandemia (cobertura para atendimentos e procedimentos não relacionados à
Covid-19) reduziram 20,2%, aproximadamente. Já demandas não assistenciais sobre o tema apresentaram aumento
de cerca de 10,1%.
Com relação a temas gerais e relacionados
à Covid-19, foram registradas na Agência 18.307 reclamações, passíveis de mediação
pelo instrumento da Notificação de Intermediação Preliminar (NIP). O número é 8,5%
maior que o registrado em julho deste ano e 29,5% maior que o total de atendimentos feitos em agosto de 2020.
Ressalta-se que o dado apresentado considera os relatos
de consumidores que cadastraram suas queixas na ANS, sem análise de mérito sobre eventual infração
da operadora ou da administradora de benefícios à Lei 9.656/98 e seus normativos ou aos termos contratuais.
Importante destacar, também, que a intermediação
de conflitos feita pela ANS entre consumidores e operadoras tem resolvido mais de 90% dessas reclamações, demonstrando
a eficiência do instrumento empregado pela ANS, mesmo em um momento atípico, em razão da pandemia da Covid-19.
Consulte
o monitoramento diário das demandas sobre Covid-19.
Sobre os dados
Para a análise dos indicadores assistenciais, a
ANS considerou informações coletadas junto a uma amostra de 50 operadoras que possuem rede própria hospitalar.
Para os índices econômico-financeiros, foram analisados dados de 105 operadoras para o estudo de fluxo de caixa
e para análise de inadimplência.
Adicionalmente, na construção do boletim,
foram utilizados dados do Documento de Informações Periódicas (DIOPS), do Sistema de Informações
de Fiscalização (SIF), do Sistema de Informação de Beneficiários (SIB), do Padrão
para Troca de Informação de Saúde Suplementar (TISS) e do ANS TabNet.
Através do Boletim Covid-19 – Saúde
Suplementar, a ANS vem monitorando o comportamento e a evolução do setor de planos de saúde desde o início
da pandemia. O objetivo é subsidiar a análise qualificada da Agência para a tomada de decisão sobre
temas relacionados à Covid-19 e prestar mais informações à sociedade.
Confira as outras
edições do Boletim Covid-19.