19/12/2010
Avança proposta de carreira especial no SUS
A proposta da comissão do Ministério da Saúde que elaborou a "Carreira especial para fixação de profissionais de saúde
em áreas de difícil acesso e/ ou provimento no âmbito do Sistema Único de Saúde" foi concluída em 16 de dezembro. O trabalho
do grupo criado pelo ministro José Gomes Temporão levou quatro meses para terminar e contou com a participação do Conselho
Federal de Medicina (CFM) e da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), por meio dos conselheiros Aloísio Tibiriçá Miranda
e Alceu Pimentel. Também colaboraram representantes do Ministério da Saúde, do Conselho Nacional de Secretários de Saúde,
Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde e das entidades de enfermeiros e cirurgiões dentistas.
Para o 2º vice-presidente do CFM e coordenador da Comissão Pró-SUS, Aloísio Tibiriçá Miranda, o resultado é um avanço.
"Essa proposta é um contraponto a ideias equivocadas, que defendem o serviço civil obrigatório e a revalidação automática
de diplomas estrangeiros como solução para a ausência de médicos em determinadas localidades."
O desenho da carreira elaborado pela Comissão, já com a aprovação do ministro Temporão, será encaminhado à próxima gestão
do Ministério da Saúde. A proposta prevê uma carreira nacional de médicos de 20 anos, especificamente para generalista, clínico-geral
e medicina da família e comunidade, podendo contemplar outras especialidades da clínica básica, de acordo com as necessidades
e porte populacional dos municípios.
O vínculo de trabalho federal deverá ser com o Ministério da Saúde, por meio de concurso público, com garantia de educação
permanente e avaliação de desempenho, sob a gestão do SUS no local, onde o médico irá atuar. A jornada der trabalho será de
40 horas, com previsão de honorários e gratificações diferenciadas. A dedicação exclusiva, bem como os critérios de promoção
e progressão serão detalhados posteriormente.
Fonte: CFM