19/01/2016

Associação Nacional dos Médicos Peritos divulga nota sobre movimento grevista

Em 5 anos quase 3.000 peritos abandonaram a carreira e atualmente a taxa de evasão é de 2 peritos por dia útil, algo inédito no serviço público federal

NOTA PÚBLICA - Os Peritos Médicos do INSS deram início a um movimento grevista em 04/09/15 motivados pela ausência de respostas do governo aos graves problemas que atingem nosso trabalho e se refletem no atendimento à sociedade.

A falta de uma política adequada para a carreira e a ineficiência da gestão do benefício por incapacidade levaram a União a gastar R$ 125 bilhões anuais sendo a metade disso em benefícios pagos sem perícia médica. Em 5 anos quase 3.000 peritos abandonaram a carreira e atualmente a taxa de evasão é de 2 peritos por dia útil, algo inédito no serviço público federal.

Apesar da longa paralisação o governo se manteve insensível e negligente ao drama da população, intransigente e implacável com a categoria pericial, nos tratando como se fossemos inimigos do Estado. Ao priorizar um combate desleal com os Peritos em detrimento de uma rápida resolução do caso, o governo preferiu apostar na vitória sobre a categoria pelo cansaço, sem se preocupar com o caos gerado na vida da população que não consegue atendimento. Ao invés do diálogo o governo cortou integralmente os salários dos servidores e iniciou uma série de ataques e ameaças aos Peritos Médicos em todo o Brasil.

Após quase 140 dias de paralisação e sem nenhuma perspectiva de abertura de negociações, nós, Peritos Médicos do INSS, chocados com o descaso do governo e com caos instalado pela gestão, nos sentimos sensibilizados pelo drama da população não-atendida e, por termos ciência que o governo não está se importando com isso e, se necessário fosse, continuaria a deixar os segurados da previdência social na penúria, decidimos em Assembléia Geral Extraordinária realizada no dia 16/01/15 mudar nossa forma de protesto.

Os Peritos Médicos do INSS irão retornar aos postos de trabalho, EM ESTADO DE GREVE, para manter apenas o atendimento essencial, ou seja, aqueles que ainda não se submeteram à perícia médica inicial. Os segurados que já se encontram amparados pelo benefício previdenciário tem seus direitos mantidos e deverão continuar recebendo. Novas paralisações no futuro não estão descartadas. Esperamos que com essa atitude de distensionamento, o governo saia da trincheira em que se colocou e volte a negociar com a categoria, pelo bem do serviço público e da sociedade brasileira.

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