clique para ampliarExposição e realização de exames marcaram o lançamento da
campanha Agosto Azul na Alep (Foto: Dálie Felberg/Alep
A Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) deu a largada oficial nesta segunda-feira, 5, ao Agosto Azul, mês dedicado a estimular
a promoção da saúde do homem. O grande expediente da Sessão Plenária foi dedicado à fala do presidente do Conselho Regional
de Medicina (CRM-PR), Roberto Issamu Yosida, tratando de cuidados básicos de saúde. Já o Espaço Cultural da Casa recebe a
exposição Agosto Azul, mostrando a cronologia da Campanha nos últimos anos. Durante toda a tarde, o espaço também contou com
a realização de exames de hepatite do tipo B e C, além de sífilis e HIV.
O tema da Campanha deste ano é “Homem
respeite a sua saúde e viva melhor”. A proposição das atividades é da deputada Cantora Mara Lima (PSC), autora da lei que
instituiu no Paraná o “Agosto Azul”. Ela destacou os bons resultados alcançados pelo conjunto de medidas implementadas durante
a mobilização. “Quando quase ninguém falava na saúde dos homens, estávamos levando o assunto à discussão. Hoje, o Agosto Azul
é um grande sucesso. A partir desta Lei, os homens passaram a se cuidar mais”, avaliou Mara Lima.
clique para ampliarPresidente do CRM-PR, Roberto Yosida, destacou papel das
políticas públicas para mudar realidade da saúde (Foto: Orlando Kissner/Alep)
O médico Roberto Yosida concordou. Para ele, as datas simbólicas como o Agosto Azul ajudam a sensibilizar as pessoas.
“Campanhas como estas ficam gravadas na mente. O Agosto Azul é uma daquelas políticas públicas que mudam a realidade da saúde”,
disse. Para o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ademar Traiano (PSDB), a atividade é louvável. “O Agosto Azul
é um sucesso e tem resultados altamente satisfatórios”, comentou.
Mesmo com os alertas para a prevenção, muitos
homens ainda são negligentes com a saúde. De acordo com o levantamento do departamento de Saúde do Homem da Secretaria de
Estado de Saúde do Paraná (SESA), os homens são responsáveis por pelo menos seis de cada dez óbitos por doenças do aparelho
circulatório. Já na faixa etária de 20 a 59 anos, a mortalidade masculina é o dobro da feminina.
O enfermeiro Francisco
dos Santos, que comandava os exames no Espaço Cultural da Assembleia, acompanha a realidade na prática. Ele lembrou que homens
têm mais dificuldades de se prevenir. “Quanto mais precocemente descobrimos a doença, mais cedo começamos o tratamento”, lembrou.
Foi pensando nisso que o servidor Adriano Elias Barcik, do gabinete do deputado Michele Caputo (PSDB), realizou os exames.
Em 20 minutos, o resultado estava pronto. “É uma ótima oportunidade fazer teste para prevenção de doenças no local de trabalho.
Muitas vezes não temos tempo de sair para fazer. A gente só se lembra de cuidar da saúde na hora que aperta”, disse ele.
Prevenção
As atividades da campanha acontecem há oito anos e são executadas pelo Governo
do Paraná, além de serem adotadas por diversas instituições não governamentais (ONGs). Inúmeras ações serão desenvolvidas
no Paraná durante o “Agosto Azul”. As atividades ocorrerão nas 22 Regionais de Saúde e nos 399 municípios do Estado, de acordo
com a Secretaria Estadual de Saúde.
A Lei 17.099/2012 instituiu no Estado do Paraná o mês de agosto como sendo
dedicado à realização de ações para incentivar a prevenção e a promoção da saúde do homem. O objetivo da legislação é motivar
uma mudança cultural para que homens procurem atendimento médico e verifiquem sua condição de saúde com mais frequência, antes
que doenças se manifestem de forma mais grave. Exames simples como testes para diabetes, hipertensão, HIV e hepatite estão
disponíveis na rede pública de saúde e podem identificar enfermidades ainda em estágios iniciais.
Mortalidade
O Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde mostra que em 2016, 736.842 homens morreram
em todo o País. Entre as principais causas de morte estão cânceres (112.272), como de próstata, fígado, pulmonar e de pele;
doenças do coração (68.018), como infarto e AVC; agressões (56.409); acidentes (84.139), em especial de transportes (31.565);
doenças cerebrovasculares (51.753); e gripe e pneumonia (41.695). Os dados foram divulgados pelo Ministério em novembro de
2018.
Fonte: ALEP