03/05/2022

Após reclamações de médicos, prefeitura de Londrina coloca GMs fixos no Pronto Atendimento Infantil

Medida é enaltecida pelo CRM-PR, que vem conduzindo campanha no sentido de ampliar a segurança para profissionais e usuários dos serviços de saúde em todo o Estado. Casos de violência são preocupantes

A Prefeitura de Londrina resolveu disponibilizar guarda municipal para ficar fixo no PAI (Pronto Atendimento Infantil) todos os dias das 14h até meia-noite. O remanejamento ocorreu após reclamações de servidores e pacientes. Segundo o secretário de Defesa Social, Pedro Ramos, o horário foi escolhido por ser o maior no fluxo de atendimento. Além disso, disse que as viaturas da GM intensificaram desde abril o patrulhamento "para garantir a manutenção da ordem pública e evitar o prejuízo aos serviços prestados". As respostas foram enviadas à Câmara Municipal após questionamentos do vereador Santão (PSC).

A medida, que se alinha à mobilização que vem sendo feita pelo CRM-PR no sentido de propiciar mais segurança aos profissionais e usuários dos serviços de saúde, atende também a reivindicação registrada em comunicação interna assinada pelas coordenadorias de Enfermagem e Médica do PAI. No documento obtido pelo jornal Folha de Londrina, os profissionais pediram o retorno dos agentes da GM. 

O reforço foi solicitado pelo “número elevado de tumultos e invasões no corredor dos consultórios médicos e salão interno, atrapalhando o atendimento nos últimos meses”. Informaram, ainda, que “são rotineiros os relatos de agressões verbais por parte da população”.

clique para ampliarclique para ampliarUnidade do Pronto Atendimento Infantil, agora com mais segurança. (Foto: FL)

De acordo com o comunicado, a proximidade do PAI com a Praça Tomi Nagakawa, na região central, “onde o fluxo de andarilhos e desocupados tem aumentado consideravelmente”, explica a sensação de insegurança.

Médicos e enfermeiros argumentaram "que essa população comete furtos e assaltos na região e até dentro da unidade. Por ser pública, a circulação é constante, o que ocasiona uma intranquilidade para nossos pacientes, pois, as preocupações dos pais são com as crianças que ficam expostas e algumas mães que sofrem assédio". Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, a vigilância fixa da Guarda Municipal será por tempo indeterminado. O Conselho de Medicina enalteceu a ação do gestor municipal, que se assemelha a medidas já implementadas em outras cidades, como Curitiba e Pato Branco.

RECLAMAÇÕES E REVOLTA

Paralelamente à insegurança, quem trabalha ou depende do PAI sofre do mesmo problema: a falta de pediatras que deságua na demora do atendimento. O caso tem sido acompanhado de perto pela Comissão de Defesa dos Direitos do Nascituro, da Criança, do Adolescente e da Juventude da Câmara Municipal.

Na primeira quinzena de abril, o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, participou de sabatina no Legislativo e sugeriu pelo menos duas soluções emergenciais: uma licitação para contratar 1.920 horas extras de médicos pediatras e o chamamento de residentes em Medicina de Saúde e Comunidade para tentar suprir a demanda.

Segundo os vereadores Emanoel Gomes (Republicanos) e Mara Boca Aberta (PROS), que integram a comissão, a prefeitura deve abrir nos próximos dias um procedimento para contratar as horas médicas extras.

Fonte: Folha de Londrina, com informações do CRM-PR

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