21/01/2021
Justificativas incluem risco ao sigilo, validação científica a drogas sem reconhecimento de eficácia, incentivo à automedicação e interferência na autonomia do médico
O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou nesta quinta-feira (21) nota em que informa ter alertado o Ministério da Saúde sobre inconsistências identificadas no aplicativo TrateCov, recém-lançado para auxiliar as equipes na coleta de sintomas e sinais de pacientes possivelmente infectados pela covid-19. No documento, a autarquia informa que pediu ao Ministério da Saúde a retirada imediata do ar do aplicativo. Ainda nesta quinta-feira o aplicativo foi retirado do ar e o MS alegou que o mesmo estava passando por adequações. Saiba mais aqui.
CONFIRA AQUI E ABAIXO ÍNTEGRA DA NOTA.
ESCLARECIMENTO À IMPRENSA
Após análise feita por conselheiros e assessores técnicos e jurídicos sobre o aplicativo TrateCov, recém lançado para auxiliar as equipes na coleta de sintomas e sinais de pacientes possivelmente infectados pela covid-19, o Conselho Federal de Medicina (CFM) alertou ao Ministério da Saúde sobre as seguintes inconsistências na ferramenta:
• Não preserva adequadamente o sigilo das
informações;
• Permite seu
preenchimento por profissionais não médicos;
• Assegura a validação científica a drogas que não contam com esse reconhecimento
internacional;
• Induz à automedicação
e à interferência na autonomia dos médicos;
• Não deixa claro, em nenhum momento, a finalidade do uso dos dados preenchidos pelos médicos
assistentes.
Diante do exposto, o CFM pediu ao Ministério da Saúde a retirada imediata do ar do aplicativo TrateCov.
Brasília, 21 de janeiro de 2021.
CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA