06/02/2018
Dentre eles está o Prof. José Leon Zindeluk, que este ano completa 50 anos de formado e atua desde 1980 na unidade
O Hospital Oswaldo Cruz (HOC) completou 90 anos e um grande evento foi promovido nesta terça-feira (6) em comemoração. A cerimônia foi marcada pela homenagem a servidores que trabalharam na instituição. O Hospital foi inaugurado na capital paranaense em 28 de janeiro de 1928 e foi sede do primeiro Centro de Referência e Treinamento de Aids do Paraná.
O secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto, compareceu à festa e ressaltou a importância do Hospital para toda população paranaense. “Hoje é um dia especial. Venho aqui como colega e servidor da saúde demonstrar e reconhecer a gratidão, o compromisso e a credibilidade que toda a equipe do HOC oferece para a população paciente. É muito bom estar presente neste momento, o verdadeiro Oswaldo Cruz deve estar orgulhoso”, declarou.
Caputo Neto também exaltou a estrutura do HOC, que é destaque
no atendimento a Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) no Estado. “Esperamos que não surjam mais epidemias, mas se acontecer,
este hospital está preparado e capacitado para o que vier. Daqui a 10 anos quero comemorar o centenário com todos”, brincou.
HOMENAGEADOS
A diretora do HOC, Cleide Aparecida de Oliveira, explicou que a escolha dos servidores homenageados foi feita pelos próprios funcionários da instituição. “Buscamos resgatar a importância do profissional no tratamento das infecções e surtos. Com uma técnica adequada, amor e compromisso, os resultados são potencializados. A equipe do Hospital, ao longo desses 90 anos, construiu esta história de zelo e profissionalismo e isso marca não apenas a saúde, mas a vida de todos os paranaenses”, valorizou.
Um dos profissionais destacados para a celebração foi o pediatra José Leon Zindeluk (CRM-PR 2306), que ao receber a homenagem ficou emocionado ao relembrar sua trajetória no Hospital Oswaldo Cruz. “Entrei aqui no dia 4 de agosto de 1980. Nunca me esqueci dessa data e de todos os pacientes e colegas que trabalharam comigo”, lembrou. O médico tem como lema ‘Saúde e bom humor mesmo na dor’ e salvou inúmeras vidas durante os surtos de sarampo, varicela, rubéola e meningite. Natural de Curitiba e formado em 1968 pela Universidade Federal do Paraná, este ano ele completa o Jubileu de Ouro. Professor assistente na Faculdade Evangélica do Paraná e conselheiro do CRM-PR na gestão 1988-1993, ele tem atuado nas seguintes áreas: pediatria geral, infectologia e adolescência.
As outras homenageadas foram as técnicas Regina Célia Soares Pereira e Olandina Guimarães. As duas trabalharam juntas desde 1966 e memorizaram a época que precisavam acordar às 5 horas da manhã para acender o fogão a lenha. “Entrei aqui com 17 anos e ainda não saí. O Hospital é uma grande parte da minha vida, é uma segunda casa e todos que vêm aqui são parte da família”, garantiu Regina. Dina, como prefere ser chamada, já está aposentada mas sempre que consegue, visita o Hospital que tanto admira. “Sempre trabalhei com muito carinho. Passei por todos os setores, desde a lavanderia até o plantão. Conversava com os pacientes, funcionários e com as irmãs, ainda hoje fazemos encontros na casa de alguém ou saímos tomar um café juntas, para lembrar os velhos tempos”, completou.
Ao ser questionada da importância do Hospital Oswaldo
Cruz, Dina sorriu e confessou seu amor pela instituição. “Não tenho palavras para descrever, trabalhei aqui 45 anos da minha
vida. O Hospital é uma lembrança querida, enquanto eu estiver em sã consciência e passar nesta rua vou falar: é este o hospital
que eu amo”, reconheceu.
HISTÓRIA
Durante anos, o HOC foi referência no tratamento de surtos de tuberculose, sarampo, poliomelite, hepatite, rubéola, meningite e varicela no Paraná. Atualmente, é uma das instituições do Estado responsáveis por oferecer tratamento e serviços às pessoas que vivem com o vírus HIV, hepatites virais e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).
Em 2017, o HOC realizou cerca de 6.500 atendimentos, 12.400
exames e 4.060 consultas. “Contamos com o ambulatório de infectologia, que atende os casos de pessoas com vírus HIV, hepatites
e doenças sexualmente transmissíveis. Temos uma linha de cuidado completa para recuperação total do paciente”, disse Cleide.
Para aprimorar a estrutura do Hospital Oswaldo Cruz, no
ano passado foram implantadas as salas de atendimento psicológico e farmacêutico, além de parcerias com o Hospital do Trabalhador
e Hospital das Clínicas para realização de exames e consultas.