Anafilaxia é emergência médica e uso precoce da adrenalina pode evitar agravamento e até o óbito
Iniciativa da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) apresenta o passo a passo do atendimento da anafilaxia
baseado no último guideline emitido pela Organização Mundial de Alergia (WAO)
A anafilaxia, reação alérgica sistêmica,
grave e rapidamente desencadeada por alguma substância alérgena, é considerada uma emergência médica,
caracterizando-se pela diminuição da pressão arterial, taquicardia e distúrbios gerais da circulação
sanguínea. O tipo mais grave da anafilaxia, o choque anafilático, pode ocasionar a morte do paciente caso não
seja tratado a tempo. O tratamento deve ser feito rapidamente, sendo a adrenalina o primeiro medicamento a ser administrado
por via intramuscular, na região anterolateral da coxa.
A adrenalina trata todos os sintomas associados à anafilaxia, prevenindo o seu agravamento.
Com o objetivo de ampliar o reconhecimento dos sinais e sintomas da anafilaxia pelos profissionais de saúde, com rápido
diagnóstico e uso precoce da adrenalina, a Associação
Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) traz um passo a passo do atendimento baseado no último guideline
emitido pela Organização Mundial de Alergia (WAO). As informações estão resumidas em vídeo
(abaixo) e também em cartaz (faça o download aqui).
Principais agentes alérgenos
A anafilaxia pode ocorrer, principalmente, nos casos
de alergia a alimentos (leite e ovo em crianças), insetos (destaque para veneno de abelhas, vespas, marimbondos e formigas)
e medicamentos (mais comum em adultos pelo uso de antinflamatórios e antibióticos).
Outro desencadeador de anafilaxia é o látex, presente
em equipamentos médicos, balões de ar e preservativos. Pessoas alérgicas ao látex podem ter reação
cruzada com vários alimentos, sendo as frutas as mais implicadas como kiwi, abacate, mamão papaia, tomate, banana
e outros alimentos como castanhas e mandioca.
Exercícios
físicos também podem causar anafilaxia de forma isolada ou associada à ingestão prévia
de alimentos ou medicamentos. Em algumas crises, não se consegue identificar o agente causal, caracterizando a anafilaxia
idiopática.