De acordo com a Saúde Pública da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, não há evidências da circulação
do vírus da influenza suína no Brasil, em humanos e/ou animais.
O surto de variação inédita da gripe suína no México recomenda cautelas aos países dos cinco continentes. A epidemia se
espalhou com tal rapidez na nação norte-americana que, em poucos dias, infectou mais de mil mexicanos e ceifou a vida de mais
de seis dezenas, a maior parte com idade entre 25 e 45 anos. Diferentemente da gripe aviária, a suína se transmite de pessoa
para pessoa. Fala-se em epidemia, embora haja poucas informações sobre o alastramento da enfermidade. De qualquer modo, a
Casa Branca decretou estado de emergência na saúde por causa da confirmação de 20 casos de gripe suína nos Estados Unidos:
oito em Nova York, sete na Califórnia, dois no Kansas, dois no Texas e um em Ohio.
No Brasil, não há evidências da circulação
do vírus da influenza suína em humanos e/ou animais. É o que garante a Saúde Pública da Secretaria de Vigilância em Saúde
do Ministério da Saúde em informação, divulgada em 25 de abril. De acordo com o MS, a rede de vigilância está monitorando
a circulação das cepas de vírus respiratórios e possui um plano de preparação para o enfrentamento de uma possível pandemia
de influenza. No Brasil há 19 Centros de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde (Rede CIEVS) em atividade
para apoiar os serviços de vigilância em saúde e unidades de atenção no enfrentamento de emergências em Saúde Pública.
Todas
as Secretarias Estaduais de Saúde foram acionadas para intensificar o processo de monitoramento e detecção oportuna de casos
suspeitos de doenças respiratórias agudas, a partir da rede de vigilância de influenza e de laboratórios. Não há risco
de adoecer devido a ingestão de carne suína e derivados.
Atualizações sobre a presente ocorrência serão divulgadas periodicamente no site da Secretaria de Vigilância em Saúde
do Ministério da Saúde e da ANVISA.
Veja a seguir o informe das instituições:
I. Antecedentes
A Influenza suína é uma doença respiratória causada pelo vírus tipo A que normalmente causa surtos de gripe entre os suínos.
Em geral este vírus não infecta o homem, no entanto, existem registros de transmissão pontual do vírus para os seres humanos.
Segundo informações da
href="http://www.who.int" target="_blank"> OMS , as
href="http://www.salud.gob.mx" target="_blank">autoridades sanitárias do México e dos
href="http://www.cdc.gov" target="_blank">Estados Unidos notificaram casos de síndrome gripal e pneumonia em humanos.
Entre as amostras analisadas foi identificada uma nova seqüência genética do vírus de influenza suína (A/California/04/2009
-A/H1N1).
II. Situação nos países afetados
A. Estados Unidos da América (EUA):
1. Situação Epidemiológica na Califórnia e Texas
O Governo dos Estados Unidos notificou à OMS oito casos humanos de Influenza Suína (A/California/04/2009 -A/H1N1) confirmados
por diagnóstico laboratorial, sendo seis na Califórnia (San Diego e Imperial) e dois no Texas (San Antonio), além de mais
nove casos suspeitos. Todos os oito casos confirmados apresentaram síndrome gripal moderada (Influenza¬like Illness - ILI).
Apenas um foi hospitalizado e não ocorreram óbitos. Não houve contato com suínos.
2. Ações realizadas na Califórnia e Texas
O Centro de Controle de Doenças dos EUA (CDC/EUA) está trabalhando com agências locais e estaduais de saúde para investigar
os casos notificados. Foi determinado que este vírus é contagioso e se dissemina entre humanos. Entretanto, até o momento,
não está determinado a eficiência dessa transmissão.
B. México:
1. Situação Epidemiológica no México
Foram confirmados 18 casos humanos de influenza suína (A/California/04/2009 - A/H1N1) conforme diagnóstico realizado pelo
laboratório do Canadá. As cepas são geneticamente idênticas às registradas na Califórnia/EUA. A maioria dos casos ocorreu
em adultos jovens previamente saudáveis (25 a 44 anos), apresentando provável alteração no padrão da influenza que normalmente
afeta crianças e idosos, que não foram fortemente afetados neste evento.
Além disso, atualmente o México sofre um pico epidêmico tardio de influenza sazonal que começou no inicio de março.
Foram notificados à OMS eventos nas seguintes regiões:
- Distrito Federal: a vigilância intensificou a busca de casos de síndrome gripal a partir de 18 de março. O número de
casos aumentou progressivamente no decorrer do mês de abril, e atualmente há mais de 850 casos de pneumonia com 59 óbitos.
Destaca-se ainda a ocorrência de casos de pneumonia entre profissionais de saúde.
- San Luis Potosi/México central: foram notificados 24 casos de síndrome gripal, com três mortes.
- Mexicali, fronteira com os Estados Unidos: mais quatro casos de pneumonia foram notificados sem registro de mortes.
- Oaxaca, sul do México: Houve ainda relato de um caso, com evolução para óbito.
Estes eventos estão sendo investigados para determinar a fonte da infecção e estabelecer possível vínculo com os casos
de influenza suína por H1N1.
2. Ações realizadas no México
- Suspensão de aulas
- Cancelamento de eventos públicos para os próximos 10 dias
III. Definição de caso suspeito
- Apresentar febre alta de maneira repentina, superior a 39ºC, acompanhada de um ou mais dos seguintes sintomas: tosse,
dor de cabeça, dores musculares e nas articulações E
- Ter como procedência o México (qualquer Estado) ou os Estados Unidos da América (Estados da Califórnia e Texas), nos
últimos 10 dias.
IV. Medidas e recomendações do Ministério da Saúde do Brasil
1. Informações gerais
O Ministério da Saúde informa que não há evidencias da circulação do vírus da influenza suína no Brasil, nem em humanos,
nem em animais. O país conta com uma rede de vigilância para monitorar a circulação das cepas de vírus respiratórios, além
de um plano de preparação para o enfrentamento de uma possível pandemia de influenza (ver link abaixo).
O país possui 19 Centros de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde (Rede CIEVS) em atividade para
apoiar os serviços de vigilância em saúde e unidades de atenção no enfrentamento de emergências em Saúde Pública.
Os aeroportos e portos intensificaram a vigilância de casos suspeitos e a orientação aos viajantes procedentes ou com
destino às áreas afetadas.
As vacinas atualmente disponíveis não oferecem proteção contra infecção deste vírus, portanto, até o momento. Não há indicação
de uso da vacina contra influenza como medida de prevenção e controle para este evento.
Todas as Secretarias Estaduais de Saúde foram acionadas para intensificar o processo de monitoramento e detecção oportuna
de casos suspeitos de doenças respiratórias agudas, a partir da rede de vigilância de influenza e de laboratórios.
Não há risco de adoecer devido a ingestão de carne suína e derivados.
Atualizações sobre a presente ocorrência serão divulgadas periodicamente no site da Secretaria de Vigilância em Saúde
do Ministério da Saúde e da ANVISA (ver links abaixo).
2. Recomendações:
a) Aos viajantes que se destinam às áreas afetadas no México e EUA:
- Evitar locais com aglomeração de pessoas.
- Evitar o contato direto com pessoas doentes.
- Não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal.
- Evitar tocar olhos, nariz ou boca.
- Cobrir o nariz e a boca com um lenço quando tossir ou espirrar.
- Lavar as mãos freqüentemente com sabão e água, especialmente depois de tossir ou espirrar.
- Em caso de adoecimento, procurar assistência médica e informar história de contato com doentes e viagens (deslocamento).
- Não usar medicamentos sem orientação médica.
b) Aos viajantes que procedem das áreas afetadas no México e EUA:
Viajantes procedentes, nos últimos 10 dias, do México ou das áreas afetadas dos Estados Unidos da América e que apresentem
o seguinte quadro clínico: febre alta repentina, superior a 39ºC, acompanhada de tosse e/ou dores de cabeça, musculares e
nas articulações, devem:
- Procurar assistência médica na unidade de saúde mais próxima.
- Informar ao profissional de saúde o seu roteiro de viagem.
c) Aos serviços de saúde:
- Este evento é considerado uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional, de acordo com o Regulamento
Sanitário Internacional (2005).
- Uma vez atendida a definição de caso encaminhar para o hospital de referência (veja link abaixo) para manejo clínico
e coleta de amostra, conforme estabelecido no "Plano de preparação para enfrentamento da pandemia".
- Notificar imediatamente os casos suspeitos (conforme Portaria SVS/MS N.º 05/2006) à Secretaria de Saúde Municipal e/ou
Estadual ou pelo e-mail:
href="mailto: notifica@saude.gov.br " target="_blank"> notifica@saude.gov.brou site da Secretaria de Vigilância em
Saúde.
- Realizar busca ativa de contatos dos casos que atendem a definição de casos
- Intensificar as ações de vigilância conforme preconizado no "Plano de preparação para enfrentamento da pandemia" (veja
link abaixo). De acordo com a OMS, o nível de alerta está mantido na fase 3.
d) Aos portos, aeroportos e fronteiras (PAF):
Recomendações adicionais para portos, aeroportos e fronteiras estão disponíveis no site da ANVISA (Ver link abaixo)
IV. Outras informações:
- OMS:
href="http://www.who.int" target="_blank">site
- CDC:
href="http://www.cdc.gov" target="_blank">site
- MEXICO:
href="http://www.salud.gob.mx" target="_blank">site
BRASIL:
- Ministério da Saúde:
href="http://www.saude.gov.br" target="_blank">site
- Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS):
href="http://www.saude.gov.br/svs" target="_blank">site
- Plano de Preparação para o Enfrentamento da pandemia de influenza:
href="http://portal.saude.gov.br/portal/saude/Gestor/visualizar_texto.cfm?idtxt=27999" target="_blank">site
- Anvisa:
href="http://www.anvisa.gov.br/viajante" target="_blank">site
- Ministério da Agricultura:
href="http://www.agricultura.gov.br" target="_blank">site
Alerta SVS/Ministério da Saúde disponibilizado no
href="http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/ocorrencias_svs.pdf" target="_blank">link
Fonte; AI do CRMPR com dados da Saúde Pública da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde