25/05/2011
APO debate ações em defesa da saúde ocular da população
A Associação Paranaense de Oftalmologia (APO) realizou um encontro em Defesa da Classe Oftalmológica em fevereiro com
objetivo de esclarecer quais são os principais problemas que o exercício ilegal da Medicina traz aos oftalmologistas e à sociedade
paranaense. Na oportunidade, o presidente Ezequiel Portella e os diretores da APO apresentaram esforços empreendidos e ações
desenvolvidas pela entidade na valorização profissional e na luta em defesa do ato médico. O debate substanciou as estratégias
de ação do movimento em defesa da saúde ocular no Estado e delineou as próximas medidas a serem tomadas pela entidade representativa
dos especialistas. "Nossa intenção é que os oftalmologistas passem a atuar com mais intensidade na defesa e na proteção da
saúde ocular da população", afirma.
Entre as ações implementadas pela APO está a batalha pela vigência da Resolução da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná
(SESA) nº 286/2009, assinada durante o 34º Congresso da APO, realizado em 2009. "Caso passe a vigorar, será vedada em todo
o Paraná a confecção de lentes de graus sem prescrição oftalmológica em estabelecimentos ópticos ou laboratórios ópticos",
explica Ezequiel Portella.
Em esforço conjunto com o Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR), a entidade pretende ampliar a valorização
profissional dos especialistas e dilatar ações em defesa da saúde ocular da população. "As denúncias contra optometristas
encaminhadas ao CRM estão sendo direcionadas à Polícia Federal para que o exercício ilegal da Medicina seja combatido", afirma
o conselheiro Mario Teruo Sato, que ressalta o fato de haver pareceres, resoluções e outras normativas que tratam do tema
disponíveis no site do CRM.
No entendimento da APO, o exame de refração torna-se indissociável do ato médico e algumas parcerias tem sido feitas no
sentido de ampliar a força do movimento. Entre elas, o contato com a Vigilância Sanitária Estadual e com o Ministério Público
Estadual pedindo auxílio no sentido de coibir práticas que tragam prejuízos à saúde da população e ampliar a necessidade da
prevenção da saúde ocular. Os especialistas podem solicitar um documento modelo, chamado carta queixa crime, para denunciar
a prática ilegal da Medicina, documento este que será enviado à Promotoria denunciando atos de profissionais não habilitados.
A intenção é motivar os sócios e demais oftalmologistas a denunciarem atos ilegais. Futuramente, a entidade pretende elaborar
um relatório seletivo, pontual, por região e amostragem.