07/07/2009

ANS registra crescimento estável no mercado de planos de saúde


A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou, na última sexta-feira (03), a edição de junho de 2009 do Caderno de Informação da Saúde Suplementar. De acordo com a publicação, em março de 2009, foram contabilizados 41,4 milhões vínculos de beneficiários a planos de assistência médica; e 11,3 milhões a planos exclusivamente odontológicos. A variação no número de beneficiários está associada a fatores econômicos, incluindo, o emprego formal e a produção industrial.


Apesar da crise

A crise financeira mundial ter se refletido, de alguma forma, sobre o emprego e a produção industrial brasileira, o mercado de planos privados se manteve estável. De acordo com o Caderno de Informações da ANS, foi registrado um pequeno crescimento do número de beneficiários em relação ao trimestre anterior, de 0,28%. O índice foi o menor dos últimos trimestres. Contudo, na comparação com o mesmo período do ano anterior, o mercado de planos registrou um crescimento de 5,3%, maior do que o aumento da população e da própria economia brasileira, que registraram índices de 1% e 3,1%, respectivamente, conforme dados do IBGE. Segundo a ANS, os planos exclusivamente odontológicos seguem o mesmo caminho traçado pelos planos de assistência médica.

Observou-se, ainda, que, em relação aos planos de assistência médica, 72,5% dos beneficiários estavam em planos coletivos, com aumento em relação a março de 2008, quando se registrou 70,9%. Os planos novos, por sua vez, passaram de 76,3% de beneficiários em março de 2008, para 78,8%, no mesmo período de 2009.

Segundo os dados apresentados pela ANS, 61,5% dos beneficiários estavam em operadoras de grande porte (operadoras com 100 mil beneficiários ou mais).

Além disso, o mercado de planos privados de saúde apresentou, em 2008, uma receita de R$ 59 bilhões, 14,0% maior que a de 2007. A receita média de contraprestações (razão entre a receita e o número de beneficiários) passou de R$ 89,21, em 2007, para R$ 93,99, em 2008, ou seja, um aumento de 5,4% (muito próximo da variação do IPCA/IBGE, neste período, que foi de 5,9%). Considerando apenas as operadoras médico-hospitalares, a variação da receita média foi de 6,6%, uma vez que as operadoras exclusivamente odontológicas tiveram receita média menor em 2008 que em 2007. A sinistralidade, entretanto, permaneceu praticamente inalterada, em torno de 80% nas operadoras médico-hospitalares e 49% nas operadoras odontológicas.

Seguindo a política de estímulo à mudança do modelo de atenção à saúde no setor de Saúde Suplementar, implantada pela ANS, a partir dessa edição do Caderno serão divulgadas séries históricas de informações assistenciais, construídas por meio de resultados de indicadores de monitoramento da prestação de serviços de assistência à saúde.

De acordo com a ANS, tais informações vão permitir avaliar, de forma indireta, a disponibilidade de ações básicas de prevenção e controle (diagnóstico precoce, tratamento oportuno e educação para a saúde) de doenças de grande importância epidemiológica e a contribuirão para as ações de promoção da saúde e prevenção de riscos e doenças de beneficiários de planos de saúde. A fonte de dados dos indicadores é o Sistema de Informações dos Produtos (SIP). A Agência ressalta, ainda, que os dados enviados ao SIP são de responsabilidade da operadora e não são modificados pela ANS.


Fonte: Veja SP

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