21/09/2011
AMB e APM defendem imediata regulamentação da Emenda 29
Faz anos a Associação Médica Brasileira e a Associação Paulista de Medicina apontam a carência de investimentos como uma das
principais responsáveis pela precarização do Sistema Único de Saúde.
O Brasil é há muito tempo o país que menos investe em saúde na América Latina. Tanto que até a própria presidente Dilma
Rousseff reconheceu há alguns dias em entrevista à mídia, que o setor precisa de fato de mais verbas para atender adequadamente
aos cidadãos. Sua declaração: "Na saúde pública do país, gastamos 2,5 vezes menos do que na saúde privada. Um país desse tamanho,
o maior país da América Latina, com a maior economia da América Latina, gasta 42% menos na saúde do que a Argentina. Para
dar saúde de qualidade, nós vamos precisar de dinheiro, sim".
Há pouco tempo, aliás, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou relatório anual com dados sobre a saúde no mundo,
entre eles os investimentos no setor por país. Entre as 192 nações avaliadas, ocupamos a medíocre 151º posição. Aqui, a parcela
do orçamento reservada à saúde é de 6%. A média africana, região extremamente mais pobre e com incontáveis problemas sociais,
é de 9,6%.
Diante da insuficiência crônica de recursos para o atendimento adequado aos cidadãos, a Associação Médica Brasileira,
a Associação Paulista de Medicina e o conjunto das entidades médicas compreendem ser urgente a necessidade de regulamentação
da Emenda Constitucional 29, que deve ir à votação ainda nessa semana na Câmara dos Deputados.
A normatização da EC 29 representará mais recursos para a assistência e menos desvios para outros fins, pois definirá
o que são de fato aportes à saúde.
Fonte: AMB e APM.