13/09/2013

ALERTA: falso médico dá golpe em pacientes de hospitais

Vítimas são induzidas a depositar quantias para custear aquisição de medicamentos caros e complementares ao tratamento

Fazendo-se passar por médico assistente a partir de contatos telefônicos, um estelionatário aplicou golpes em pacientes internados em instituições hospitalares de Curitiba, levados a despender, por meio de seus familiares, quantias vultosas para suposto custeio de medicamentos importados. Em três boletins de ocorrência registrados na Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas, em agosto, o prejuízo calculado foi de quase R$ 30 mil. O golpista, que usa um mesmo número de telefone celular (xxxx-2962), ainda não foi identificado pela polícia, que solicitou ao Conselho Regional de Medicina do Paraná e à Federação dos Hospitais a divulgação do fato para prevenir novas ações. Informações sobre outros golpes ou que possam levar ao paradeiro do autor podem ser prestadas pelo telefone (41) 3365-3748.

De acordo com os registros policiais, o estelionatário obtém informações sobre pacientes que se encontram em período pós-operatório e faz contato a partir do telefone do quarto de internamento. Fazendo-se passar pelo médico responsável pela cirurgia, tranquiliza o paciente ou seu acompanhante sobre o procedimento realizado, mas diz ser imprescindível o uso de um medicamento importado para não haver riscos. O valor é negociado conforme a reação de cada vítima, com vários contatos feitos a partir de então entre as partes via celular. O falso médico simula negociar a compra dos produtos por valores mais acessíveis, mas insiste que o depósito deve ser feito em dinheiro no mesmo dia.

Os golpes registrados entre 13 e 15 de agosto usaram três contas bancárias diferentes, todas agora sob investigação. O familiar de uma paciente depositou R$ 1.350, outro mais R$ 13.500, enquanto o terceiro fez dois depósitos que, juntos, totalizaram R$ 13.900. As vítimas somente descobriram a ação delituosa quando da presença dos próprios médicos assistentes.

As instituições médica e hospitalar alertam a população sobre essa modalidade de ação criminosa, ressaltando que qualquer alteração na parte financeira pactuada com médico ou o hospital deve ser esclarecido com os mesmos, de preferência pessoalmente.

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