24/03/2017
Médicos têm papel relevante para elevar índice de imunização, concentrada em 30 municípios do Estado. Maringá, Foz, Londrina e Paranaguá são as regiões mais críticas
A segunda etapa da campanha de vacinação contra a dengue no Paraná tem previsão de terminar na próxima sexta-feira, dia 31 de março. A vacina está sendo aplicada gratuitamente em moradores de 30 municípios paranaenses que têm maior risco para a dengue e que vêm enfrentando sérias epidemias e mortes pela doença. Em Paranaguá e Assaí, o público-alvo da campanha vai de 9 a 44 anos, porque os dois municípios enfrentaram as piores epidemias do Paraná em 2015/2016.
Esses municípios registraram mais de 8 mil casos de dengue por 100 mil habitantes, o que motivou ampliar a faixa etária que será imunizada. Nos demais, a imunização visa alcançar as pessoas entre 15 e 27 anos de idade, faixa etária que concentra 30% do total de casos de dengue no Estado. É contraindicada apenas para gestantes, mulheres que amamentam e imunodeprimidos.
As regiões mais críticas de baixa adesão à campanha são Maringá, Londrina, Foz do Iguaçu e Paranaguá, o que exige a efetiva contribuição dos profissionais de saúde, em especial os médicos, para estimular o processo de imunização. Quem perdeu a primeira dose tem agora a última chance de se vacinar e ingressar no ciclo, que exige intervalo de seis meses para as aplicações. A primeira tinha ocorrido em agosto do ano passado e a próxima está prevista para setembro.
“Estamos buscando o apoio de diferentes instituições da cidade para que incentivem os cidadãos a se vacinarem contra a dengue e abram espaço para a campanha. O objetivo é reduzir a circulação viral e, indiretamente, proteger toda a população”, afirma a chefe do Centro estadual de Epidemiologia, Júlia Cordellini. Ela ressalta que a vacina é segura e extremamente eficaz, pois protege contra os quatro sorotipos da dengue. As pessoas que fazem parte do público-alvo devem procurar um posto de vacinação mais próximo e garantir sua imunização.
Muitas ações de equipes volantes estão sendo desenvolvidas, em especial nos municípios com maior percentual de risco. Nesta semana, em Sarandi, equipes fizeram visitas domiciliares. Em Maringá, o índice ainda continua muito baixo. Até esta semana, somente 9.959 jovens da faixa etária pretendida foram vacinados com a primeira dose e outros 16.932 com a segunda, muito pouco para a meta de 93 mil.
Em Paranaguá, nos primeiros 15 dias da campanha houve aplicação de 20 mil doses, grande parte em ações desenvolvidas em empresas, colégios, supermercados, shopping, academia, terminal de ônibus, praças e calçadão. Outra estratégia tem sido a de vacinar a população nas residências com equipes circulando por todos os bairros do município. Além disto, a cidade também conta com 17 pontos fixos de vacinação na Secretaria Municipal de Saúde e nas unidades de saúde. Apesar de todo o empenho, até agora foram atingidos somente 30% da meta fixada no que se refere ao universo de pessoas que podem se vacinar. A expectativa, contudo, é que se atinja a quase totalidade daqueles que receberam a primeira dose.