16/09/2008
A emergência ideal em discussão
Hospitais brasileiros estão carentes de profissionais treinados e qualificados para atuar nas emergências
O local em que um grande número de pessoas precisa contar ao menos uma vez na vida é a emergência ou pronto atendimento
de um hospital. Lá, são atendidos os pacientes que necessitam de tratamento imediato e não podem ter um diagnóstico equivocado
nas mãos. Para tratar sobre a importância de profissionais bem qualificados neste setor e também apresentar novidades na área
o Hospital Pilar promove na próxima sexta-feira (19) o I Simpósio de Medicina de Emergência, no Hotel Radisson.
Segundo o chefe do pronto atendimento do Hospital Pilar e coordenador do evento Rodrigo Souza, muitos profissionais não
têm a qualificação suficiente para trabalhar em pronto atendimento. "O emergencista deve ser capaz de tratar todos os tipos
de pacientes em um primeiro momento, como o especialista faria. Hoje, o profissional reduz fraturas, faz massagens cardíacas
e partos, entre muitas outras funções, sem a qualificação e treinamentos necessários. O Brasil é o único país sul americano
que não traz a medicina de emergência como especialidade reconhecida", afirma Souza. No Hospital Pilar os 14 médicos que trabalham
no pronto atendimento passam por cursos de atualização em medicina de emergência duas vezes ao mês.
Os emergencistas possuem, de acordo com o coordenador, um papel social além de técnico. "O médico deve, além de tratar
os doentes graves, dar início ao tratamento dos pacientes não tão críticos e orientá-los sobre a importância de largar certos
vícios como o fumo, por exemplo", explica. Este papel social fica ainda mais evidenciado quando os pacientes chegam com alterações
psicológicas, como, por exemplo, alcoolizados ou com uma agitação extrema. Segundo o diretor geral do Hospital Nossa Senhora
da Luz Dagoberto Requião há uma deficiência crônica dos hospitais no atendimento desses pacientes.
"Devido o estigma e preconceito que ainda existem, muitas vezes os profissionais da emergência usam sedação com drogas
não apropriadas nesses pacientes. No entanto, esses médicos esquecem que ao chegar em um pronto atendimento o paciente deve
primeiramente passar por uma cuidadosa observação clínica, além de realizar exames laboratoriais", defende Requião.
Além de profissionais capacitados, equipamentos modernos e que proporcionem um resultado rápido e com precisão também
são importantes na emergência. Para falar sobre um novo aparelho de ultra-sonografia o médico emergencista Márcio Rodrigues,
do Rio Grande do Sul, será um dos palestrantes do evento. "Vou falar sobre o ultra-som "point of care", que é o uso do ultra-som
pelo médico emergencista e intensivista na beira do leito em pacientes graves. Apesar do baixo custo, a maioria dos hospitais
ainda não disponibiliza o equipamento nas emergências", fala Rodrigues. Segundo o emergencista, "o aparelho de ultra-som funciona
como a extensão dos olhos do médico, que, devidamente treinado, pode executar manobras salvadoras da vida".
Outro palestrante do Rio Grande do Sul será o Presidente da Associação Brasileira de Medicina de Emergência (ABRAMEDE)
Luiz Alexandre Borges. De acordo com Borges, a boa evolução do paciente dentro do hospital, com menor morbidade e tempo de
internação começa com um atendimento seguro e qualificado na sala de emergência. "Hoje no Brasil vivemos um momento de reconhecimento
da especialidade Medicina de Emergência e a ABRAMEDE vem se empenhando cada vez mais para termos em todas as emergências profissionais
bem formados, qualificados e titulados em Medicina de Emergência. Esta formação se faz através de Residência Médica em Medicina
de Emergência, como as existentes em Porto Alegre, Fortaleza e em breve em Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro", diz Borges.
Serviço:
1.º Simpósio de Medicina de Emergência
Data: 19 de setembro de 2008
Local: Hotel Radisson. Endereço: Avenida Sete de Setembro, 5190, Batel
Horário: das 8 às 18 horas
Inscrições: www.hospitalpilar.com.br
Informações: 3072-7317
Fonte: Assessoria de Imprensa do Hospital