14/12/2016
Além das cidades em risco, já foi confirmada a presença do vetor em 313 municípios do Estado em 2016
Um levantamento feito pela Secretaria estadual da Saúde mostrou que 75 cidades do Paraná estão em estado de alerta para epidemias de dengue de acordo com o índice de infestação do mosquito transmissor. Os dados foram apresentados após o Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) referente ao mês de novembro realizado por 303 municípios.
O LIRAa é um cálculo que compara a quantidade de imóveis visitados pelos Agentes de Saúde com a quantidade de focos com larvas do mosquito encontrados nessas visitas. “Atualmente, o Governo do Estado recomenda que as prefeituras façam esse levantamento nos meses de fevereiro e novembro para que possamos monitorar a situação no Paraná”, explica a chefe do Centro estadual de Vigilância Ambiental, Ivana Belmonte.
O resultado abaixo de 1% é considerado fora de perigo (menos de uma casa infestada para cada 100 pesquisadas), de 1 a 3,9% é estado de alerta (de uma a três casas infestadas para cada 100 pesquisadas), e acima de 4% há risco de surto e demanda ações emergenciais (quatro ou mais casas infestadas para cada 100 pesquisadas).
Segundo o mesmo levantamento, três municípios apresentaram o índice de alto risco para epidemias, ou seja, com valor igual ou acima de 4%. São Miguel do Iguaçu, na região oeste do Paraná, registrou 4% de índice de infestação; Pitangueiras, no norte central paranaense, 4,63%; e Jacarezinho, no norte pioneiro, apresentou o valor de 4,8%.
Além das cidades em risco, já foi confirmada a presença do vetor em 313 municípios do Estado em 2016. “Onde há mosquito, pode haver doença. Além da dengue, o Aedes aegypti pode transmitir várias outras patologias. Portanto, mesmo que o município ainda não apresente casos de dengue, o perigo existe e a principal recomendação é não deixar o Aedes nascer”, diz Ivana.
PREVENÇÃO
De acordo com o novo boletim divulgado pela Secretaria da Saúde nesta terça-feira (13), foram confirmados 298 casos de dengue no Paraná desde agosto de 2016. O informe também apresenta seis casos de chikungunya, sendo apenas um autóctone (em que a contaminação ocorreu no Estado), e nenhum caso de zika no período.
De acordo com a chefe do Centro estadual de Vigilância Ambiental, apesar da redução de casos comparada ao mesmo período em 2015, os cuidados devem continuar. “Embora haja redução de 74% no número de casos, a população precisa manter as medidas preventivas para evitar a proliferação do mosquito”, enfatiza.
As recomendações são as mesmas, como não deixar focos de água parada, organizar uma rotina de limpeza semanal das residências e locais de trabalho, e eliminar qualquer possível criadouro de mosquito. A atenção deve ser especial com lixos, vasos, garrafas retornáveis, recipientes de descongelamento na parte de trás das geladeiras e caixas d’água.
Veja quais são os municípios que apresentam alto risco de surto de dengue:
Jacarezinho
Pitangueiras
São Miguel do Iguaçu
Veja quais são os municípios que apresentam alerta para dengue:
Corumbataí do Sul
Nova Aurora
Santo Antônio da Platina
Quinta do Sol
Mamborê
Nova Prata
do Iguaçu
Marumbi
Mirador
Lupionópolis
São João do Ivaí
Califórnia
Grandes
Rios
Altamira do Paraná
Sertaneja
Ivatuba
Ampére
Mariluz
Formosa do Oeste
Brasilândia
do Sul
Indianópolis
Jesuítas
Espigão Alto do Iguaçu
Marialva
Prado Ferreira
Santa
Inês
Moreira Sales
Nova Londrina
Assis Chateaubriand
Guaíra
Santo Antônio do Caiuá
Leópolis
Andirá
Pérola
d'Oeste
Maria Helena
Assaí
Paranapoema
Realeza
Capitão Leônidas Marques
Nova Esperança
Terra
Roxa
Toledo
Santa Terezinha de Itaipu
Iretama
Londrina
Bela Vista do Caroba
Corbélia
Roncador
Rondon
Bela
Vista do Paraíso
Jaguapitã
Santa Mariana
Santa Amélia
Mercedes
São Jorge do Patrocínio
Tapira
Esperança
Nova
Planaltina do Paraná
Itambé
Perobal
São Pedro do Ivaí
Centenário do
Sul
Francisco Alves
Xambrê
Douradina
Terra Boa
Sarandi
Ouro Verde do Oeste
Palotina
Alto Piquiri
Guaporema
Novo
Itacolomi
Rio Bonito do Iguaçu
Campo Mourão
Umuarama
Santa Fé
Fonte: SESA