Setenta dos 399 municípios paranaenses apresentaram gastos em saúde por habitante abaixo da média nacional de R$ 403,37
no ano de 2017. É o que mostra levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM), que analisou as contas da saúde declaradas
no Sistema de Informações sobre os Orçamentos Públicos em Saúde (Siops), do Ministério da Saúde, e calculou o valor médio
aplicado pelos gestores municipais com recursos próprios em Ações e Serviços Públicos de Saúde (ASPS).
Entre os
municípios menores (em termos populacionais), a despesa per capita é proporcionalmente maior. Nas cidades do Estado com menos
de cinco mil habitantes, as prefeituras gastaram, em média, R$ 870,13 na saúde de cada cidadão, ante R$ 779,21 no âmbito nacional.
No cálculo envolvendo todos os 399 municípios, o valor foi de R$ 609,55, cerca de 50% acima da média verificada em todo o
País.
Em geral, os municípios das regiões Sul e Sudeste foram os que apresentaram uma maior participação no financiamento
do gasto público em saúde, consequência, principalmente, de sua maior capacidade de arrecadação.
Confira a lista completa dos municípios.
Ranking nacional
Entre
os mais altos valores per capita no ano de 2017, estão os das duas menores cidades do País. Com apenas 839 habitantes, Borá
(SP) lidera o ranking municipal, tendo aplicado R$ 2.971,92 para cada um dos 812 munícipes. Em segundo lugar, aparece Serra
da Saudade (MG), cujas despesas em ações e serviços de saúde alcançaram R$ 2.764,19 por pessoa. No Paraná, o município com
o valor mais alto foi São Pedro do Paraná, que gastou R$ 1.604,78 com cada um de seus 2.443 habitantes.
Na outra
ponta, entre os que tiveram menor desempenho na aplicação de recursos, estão três cidades de médio e grande porte, todas situadas
no estado do Pará: Cametá (R$ 67,54), Bragança (R$ 71,21) e Ananindeua (R$ 76,83). No caso paranaense, o município que apresentou
o menor gasto por habitante foi Almirante Tamandaré, com R$ 219,00.
Entre as capitais, Campo Grande (MS) assume
a primeira posição, com gasto um anual de R$ 686,56 por habitante. Em segundo e terceiro lugares aparecem São Paulo (SP) e
Teresina (PI), onde a gestão local desembolsou, respectivamente, R$ 656,91 e R$ 590,71 por habitante em 2017. A cidade de
Curitiba (PR) aparece em nona posição, com R$ 468,27.
Em desvantagem, estão situadas Macapá (AP), com R$ 156,67;
Rio Branco (AC), com R$ 214,36; e Salvador (BA), com R$ 243,40 por pessoa.