19/04/2017

19 de abril, Dia do Índio e do Exército Brasileiro

Da homenagem do CRM-PR, uma deferência especial aos médicos descendentes ou de dedicação à assistência indígena e aos integrados à carreira militar

clique para ampliar>clique para ampliarO CRM-PR destaca a passagem e expressa especial reverência aos médicos com estreita relação com a data, os descendentes de indígenas e os que se dedicam na atenção à saúde das comunidades indígenas. (Foto: Agência Força Aérea)

Nesta quarta-feira – 19 de abril – ocorrem as comemorações do Dia do Índio e do Dia do Exército Brasileiro, com sua relevância histórica e de desenvolvimento do país. O Conselho Regional de Medicina do Paraná destaca a passagem e expressa especial reverência aos profissionais médicos com estreita relação com a data, os descendentes de indígenas e os que se dedicam na atenção à saúde das comunidades indígenas, com suas estimadas 252 etnias e população aproximada de 800 mil; e os que exerceram ou exercem a Medicina dentro da carreira militar, sendo um significativo contingente no apoio à assistência dos próprios índios ou de ribeirinhos da Amazônia.

A celebração do Dia do Índio no Brasil tem origem no decreto-lei nº 5.540, de 1943, assinado pelo presidente Getúlio Vargas. A data tinha sido proposta em 1940 pelas lideranças indígenas do continente, que participaram do Congresso Indigenista Interamericano, realizado no México. A data coincide com o nascimento de Getúlio Vargas (agora, há 125 anos). Já a história do Exército Brasileiro tem origem com o surgimento do próprio Estado, ou seja, com a Independência do Brasil, apesar de as mobilizações de brasileiros para guerra remontem a colonização. Foi nesse período, na Batalha de Guararapes (1648) que 19 de abril foi determinado como o dia do aniversário do EB.

Indígenas e a Medicina
Na primeira quinzena de abril último, o Conselho Federal de Medicina e seus Regionais realizaram o I Seminário sobre Saúde Indígena. Teve lugar em Rio Branco, no Acre, estado onde vivem cerca de 20 mil indígenas, divididos em 16 etnias e 36 territórios. Importantes decisões foram tomadas visando contribuir à melhor assistência, a começar pela criação efetiva de estágios para estudantes de medicina em contextos indígenas em universidades brasileiras, em especial naquelas instaladas em regiões onde essas comunidades existem em maior quantidade.

No Paraná, o primeiro vestibular dos povos indígenas foi realizado em 2002. Filha de branco e índia guarani, Adriane de Cássia Guergolet transformou-se na primeira descendente a se formar médica no Paraná, em 2008, pela UEL. Ela continua na região de Londrina, tendo se especializado em ginecologia e obstetrícia. Eva Simone da Silva, da etnia Kaingang e procedente de uma aldeia do Rio Grande do Sul, foi a primeira a se formar na Universidade Federal do Paraná, em julho de 2011, tendo se transferido para Santa Catarina. Virlei Primo Júnior, da etnia Guarani Nhandewa e oriundo de Laranjinha (Norte Pioneiro), a mesma aldeia da qual procede a mãe da Dra. Adriane, foi o primeiro a se formar em Medicina na UEM, em 2015.

A radiografia das etnias indígenas no Brasil pode ser conferida em nova edição do livro recém-lançado pelo Instituto Socioambiental (ISA), cujos antropólogos realizam pesquisas desde 1980. Esta é a 12.ª edição da obra, que tem o título “Povos Indígenas no Brasil 2011/2016” e conta com 827 páginas. Veja mais aqui.

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