08/06/2017

100% das crianças nascidas no Paraná fizeram o teste do pezinho em 2016

Secretaria de Saúde e Fundação Ecumênica promovem um encontro aberto ao público para falar sobre o tema nesta sexta (9), das 13h às 17h, no Auditório Anne Marie (Sesa), em Curitiba

Um dos protocolos da Rede Mãe Paranaense para os nascidos no Estado é a realização do teste do pezinho nas primeiras 48 horas de vida do bebê. Dados do Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN) mostram que 167.485 testes do pezinho foram realizados no Paraná em 2016. No Estado o teste é feito pela Fundação Ecumênica de Proteção ao Excepcional (Fepe). Estes números mostram que 100% dos nascidos vivos paranaenses passaram pelo procedimento.

“A parceria da Secretaria de Estado da Saúde com a Fepe garante a realização do exame a todos os bebês e o diagnóstico precoce de seis doenças atualmente. Mas, ainda neste ano, o número de doenças que podem ser detectadas por meio do teste será ampliado para garantir saúde de qualidade às nossas crianças”, disse o superintendente de Atenção à Saúde, Juliano Gevaerd.

O teste consiste em uma picada no calcanhar da criança para colher gotas de sangue e detectar doenças raras, genéticas e hereditárias, como fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, doença falciforme, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita (HAC) e deficiência de biotinidase. Estas enfermidades afetam o sistema neurológico, podendo causar possíveis deficiências intelectuais.

“O teste do pezinho é a única forma de diagnosticar estas doenças. Nenhuma criança nasce com traços visíveis de que está doente e os sintomas só aparecem com o tempo. Sem o teste não há como descobri-las em tempo hábil de começar o tratamento”, destacou a coordenadora do Serviço de Triagem Neonatal da Fepe, Mouseline Domingos.

Para que haja maior eficácia, o teste precisa ser feito nas primeiras 48 horas após o nascimento e é obrigatório para todos os nascimentos, sejam na rede pública ou privada (Lei nº 10.097/2002). Caso o teste mostre alguma alteração, será repetido para confirmar ou descartar as suspeitas. Em média, o resultado leva uma semana para ficar pronto.

“Se o diagnóstico for feito mais cedo, os resultados serão melhores. Infelizmente nenhuma destas doenças têm cura, mas todas têm tratamento, e quanto mais rápido começarmos o tratamento, menor será o impacto que a criança sofrerá”, afirmou a coordenadora da Divisão de Saúde da Criança, Iolanda Novadzki.

HIPOTIREOIDISMO

Dentre as doenças que são detectadas pelo teste do pezinho, o hipotireoidismo é a que possui o maior índice. A cada 4 mil crianças que nascem no Paraná, uma possui a doença.

Marcela Lima, médica endocrinologista pediatra, atua no tratamento da doença há oito anos e ressalta a importância das mães em refazerem o teste. “Quando o teste apresenta alguma alteração, as mães precisam ter a consciência de trazer a criança para uma nova coleta, mas nem sempre é o que acontece. Algumas demonstram resistência ou medo e assim o tratamento demora muito para começar, o que pode causar danos severos à saúde de seus filhos”, disse.

Um dos casos onde o diagnóstico rápido foi crucial para que a criança não desenvolvesse maiores sequelas aconteceu com Raquel Marchner.

Há cinco anos sua filha, Alice, ao fazer o teste foi diagnosticada com hipotireoidismo. Orientada pelos médicos, Raquel refez o teste, que confirmou o diagnóstico. Alice iniciou o tratamento poucos dias depois.

“Se não fosse o teste do pezinho minha filha teria problemas muito maiores. Ele é fundamental para a saúde das crianças. Minha Aline hoje já esta na escolinha e é uma ótima aluna”, salientou.

SERVIÇO

Para comemorar o Dia Nacional do Teste do Pezinho, celebrado na última terça-feira (6), a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) em parceria com a Fepe, está promovendo um encontro para falar sobre o Teste do Pezinho. O evento será transmitido por videoconferência para as 22 Regionais de Saúde.

O objetivo é capacitar profissionais que atuam na área em temas como a importância do diagnóstico precoce, principais dificuldades encontradas na realização dos testes e logística de material de coleta.

O evento ocorre na sexta-feira (9), no Auditório Anne Marie, na Sesa, das 13h às 17h e está aberto ao público. Enfermeiros, técnicos de enfermagem, médicos e demais profissionais que tenham interesse podem receber mais informações pelo telefone (41) 3330-4549 ou pelo e-mail: criança.adolescente@sesa.pr.gov.br.

Fonte: SESA

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