08/05/2024
Sociedade Paranaense de Pediatria realiza live dedicada ao 'Maio Furta-Cor'
‘Uma Mãe Leva a Outra’ é o tema do debate para o mês de conscientização da saúde mental materna. Evento será no próximo dia
9, a partir das 20h, pelo Instagram da entidade
A Sociedade Paranaense de Pediatria (SPP) realiza no
próximo dia 9 (quinta-feira), a partir das 20h, pelo Instagram @sociedadeparanaensedepediatria, uma live dedicada
ao mês de conscientização da saúde mental materna, o “Maio Furta-Cor”.
Para debater o tema escolhido pela SPP,
, a live contará com as participações
da Dra. Marcilene Teixeira Lima Oku, Pediatra e Neonatologista (moderadora e palestrante); Dra. Bruna Filippetto (Ginecologista
e Obstetra, palestrante); Luís Alberto Jeremias (Psicólogo filiado à Sociedade Brasileira de Psicanálise
de São Paulo e palestrante); e Dra. Jussara Ribeiro Varassin (Pediatra do Departamento de Pediatria do Desenvolvimento
e Comportamento da SPP e Palestrante).
Membro
do Departamento Científico de Puericultura e de Aleitamento Materno da SPP, a Dra. Sandra Regina Moraes destaca que
durante o mês será discutido o papel de como anda a saúde mental da mulher que se tornou mãe. Ela
lembra que ser mãe de primeira viagem exige dedicação, abdicação e assumir mais papeis
e funções num mundo onde existe muito julgamento e pouca sororidade. O tema quer trazer um olhar ao binômio
mãe-filho, mas também para essa mãe em suas necessidades biopsicossociais.
Como ressalta a Dra. Sandra, "não podemos esquecer da depressão pós-parto,
que pode se iniciar na gravidez e se estender até o primeiro ano de vida, ou a depender de vários fatores, permanecer
por muito tempo, impactando a vida da mulher em várias esferas de sua vida". Dados estatísticos apontam que
no Brasil o número de mulheres acometidas pode chegar a 25%. Apesar dos graus de gravidade, este estado mental pode
interferir na amamentação, no vínculo mãe e filho e na relação do casal e na estrutura
familiar.
Ainda de acordo com a Dra. Sandra,
o médico pediatra tem um papel muito importante no acompanhamento diante desse cenário. Ele deve fazer com que
essa mãe se sinta acolhida e encontre empatia ao invés de julgamento, abrindo um canal de comunicação
direto. O médico deve perguntar sobre sua rede de apoio, seja a família, amigas ou grupo de mães que
possam trocar experiências.
Com o advento
das redes sociais, aumentaram-se as expectativas sobre o ser mãe; de só dar valor à mãe que teve
seu bebê por parto normal ou aquela que está amamentando sem dificuldades e que se encontra linda, magra e feliz.
Um mundo imaginário e distorcido que só existe no mundo virtual, e que muito contribui para a autocobrança
desta mulher e sua autodesvalorização no papel de mãe.
Devemos pontuar as dificuldades da maternagem, mas apoiá-la. Reforçar que a amamentação
é recompensadora mesmo podendo ser difícil para algumas num primeiro momento. Informar sobre o forte vínculo
mãe-filho que a amamentação traz, sobre os benefícios do leite materno para o desenvolvimento
físico, cognitivo e imunológico do bebê. Sobre a importância da amamentação e a prevenção
de doenças futura.
"Cabe ao médico
dar acolhimento e informação. Cabe a sociedade julgar menos. Uma mãe leva a outra. Uma mãe acolhe
outra", adverte a Dra. Sandra.
FONTE: ASSESSORIA DE IMPRENSA SPP